quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Produzindo frutos no tempo certo.

Salmos 1:3



      Existem leis que Deus colocou na natureza que nunca serão mudadas. Uma delas é a lei das árvores e seus frutos. A natureza tem suas regras.
      Plantas como a acerola, uva e o figo só apresentam seus frutos depois de dois ou três anos de seu plantio, o abacate, depois de 18 a 24 meses. Existem aqueles que demandam mais paciência de seu cultivador. É o caso do caqui e da pêra, que só se apresentam depois de 4 e 5 anos do plantio, respectivamente.
      Outro fator interessante é que certas árvores produzem o ano todo, outras, por sua vez, foi-lhes determinado certo período do ano. 
      Precisamos aprender com as árvores. A vida cristã precisa produzir seus frutos, e isso "no seu tempo", ou seja, no tempo certo. Ninguém produzirá bons frutos se o fizerem prematuramente. A árvore precisa ser plantada, cultivada, adubada, regada, cuidada pelo Agricultor (Jo 15:1). Uma vez em condições de produzir, o agricultor procura os frutos, e ao contrário das árvores que produzem periodicamente, o fruto do cristão deve ser permanente (Jo 15:16).
      Certa feita, quando saía de Betânia, Jesus "viu de longe uma figueira que tinha folhas" (Mc 11:13). Como tinha fome, desejou comer o fruto daquela árvore, porém, ao se aproximar não encontrou frutos "porque não era tempo de figos". Por que Jesus procurou os frutos fora de época? Simples. Porque uma vez com folhas, era uma indicação que a figueira deveria ter frutos. Isso me parece familiar.
      Não são poucas as vezes que vemos "árvores" bonitas e floridas, porém sem frutos. Pessoas que são "lançadas" cada vez mais precocemente nos ministérios e na vida eclesiástica, que apresentam somente folhas e nada de frutos. Aparentemente estão prontos, só aparentemente.
Veja o que C. H. Spurgeon diz sobre o texto da figueira murcha: "Tem havido igrejas nas quais se destacaram os números e a influência, contudo a fé, o amor e a santidade não foram mantidos, e o Espírito Santo as deixou à exibição vã de uma profissão infrutífera; e ali ficam aquelas igrejas com o tronco da organização e com os galhos amplamente estendidos, mas estão mortas, e ano após ano tornam-se cada vez mais decadentes. Irmãos, temos nesta hora igrejas desse tipo entre os protestantes evangélicos. Que nunca seja assim com esta igreja! Podemos ter um bom número de pessoas que vem para ouvir a Palavra, e um grupo considerável de homens e mulheres que professam estar convertidos; mas a não ser que a piedade vital esteja em seu meio, o que são as congregações e as igrejas? Podemos ter um ministério de valor, mas o que ele seria sem o Espírito de Deus? Podemos ter grandes ofertas, e muitos esforços exteriores, mas o que valem sem o espírito da oração, o espírito da fé, o espírito da graça e da consagração? Eu ficaria apavorado se um dia nós chegássemos a ser como uma árvore precoce, ostentando uma profissão superlativa, mas sem valor aos olhos do Senhor, por estar ausente a vida secreta da piedade e da união vital com Cristo. Seria melhor o machado derrubar todo vestígio da árvore, do que deixá-la em pé sob o céu como uma mentira aberta, uma zombaria, uma ilusão."
Que bela e confortante a palavra do salmista! A árvore "no devido tempo, dá o seu fruto". Você não deve se preocupar porque "fulano" se desenvolveu em certa área em sua igreja e você ainda não tem se destacado. Sua preocupação no momento não é se destacar, mesmo porque este não é o propósito de Deus para nossas vidas. Folhas, sem frutos, não é o propósito de Deus. Se preocupe  primeiramente em continuar "plantado junto a corrente de águas" (Sl 1:3), porque a seu tempo os frutos virão e muitos se servirão deles.

Em Cristo, Vencedor para sempre!

Samuel Eudóxio

     

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