Sem dúvida o futebol é o esporte que atraí a maior parte de crianças e adolescentes do sexo masculino. Quer fazer algo em sua comunidade para mobilizar essa clientela ociosa? Use o futebol, não falha.
Um dia desses, em um projeto que temos acompanhado aqui na minha cidade natal, ouvi uma história que serve de lição. Tem um garoto que é goleiro e vem treinando semanas após semanas no gol. No dia do jogo, atraído pela glória que se dá ao atacante ele decide, na hora, que queria jogar "na linha", e de atacante. O treinador, confuso, teve que gastar um bom tempo com ele convencendo-o do seu importante papel de goleiro. Coisa de criança, claro. No final ele jogou no gol e fez uma ótima partida.
Tem muita gente assim, querendo jogar em todas as posições. Uma hora é goleiro, outra hora quer bater o escanteio e correr pra fazer o gol. Depois joga de meio campo, lateral e quer ser o armador de jogadas. Mais um pouco e é o treinador. O problema é que esquecem-se de focar na posição que mais joga bem, que tem maior habilidade, e no final não contribui em nada na partida. Não ajudou a equipe e contrariou o treinador e a torcida. Foi desclassificado.
Na vida cristã também existem os que insistem em jogar em diversas posições. Digo jogar de propósito, porque é o que muitos tem feito de sua vida espiritual e ministerial: um jogo. Após ter um encontro com Cristo ainda não compreendem que Satanás tem os seus "ardis" e facilmente mudam o foco e opiniões, jogam de acordo com a situação, e não tem uma posição definida. Os desejos da carne e interesses pessoais falam mais alto do que a Salvação ofertada por Jesus. A posição ética, a fidelidade, a moralidade e "espírito de equipe" facilmente dão lugar aquilo que é conveniente. Não existe mais foco, não existe mais um preço a ser pago, não há mais "chamados para o sofrimento".
Paulo exemplificando o foco na vida espiritual e ministerial escreve ao jovem obreiro Timóteo na sua segunda carta no capítulo 2 que se o atleta não competir segundo as regras ele não pode ser coroado. (2 Tm 2. 5). Há uma responsabilidade aqui. Precisamos entender a nossa posição e "lutar legitimamente" por ela, dia após dia. Nossa posição em Cristo para a Salvação e para o ministério não está aberta para negociação. Temos um foco e não podemos nos "envolver com os negócios dessa vida", não podemos mudar de posição, " afim de agradar àquele o [nos] alistou para a guerra". (2 Tm 2. 4).
Que o Senhor nos ajude!
Em Cristo,
Pr. Samuel Eudóxio