Há um
ditado popular que diz que “as palavras convencem, o exemplo arrasta”. Isso é
bem verdade quando se fala de Cristianismo. O valor do testemunho cristão tem
que ir além de suas palavras. De nada adianta um discurso de santidade e vida
com Cristo, se na realidade isso não acontece. Jesus chamou os fariseus de “sepulcros
caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão
cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27). A nossa vida pública
deve ser reflexo daquilo que somos no particular, mas parece que os homens se
preocupam em demonstrar um padrão na aparência, na presença, e outro
completamente diferente na vida privada.
Há homens que parecem tão santos no
santuário, que nunca deveriam sair de lá, e tão impuros fora dele, que nunca
deveriam adentrá-lo. Charles Haddon Spurgeon dizia: “Que nunca sejamos
sacerdotes de Deus no altar e filhos de Belial fora das portas do tabernáculo”.
Hipocrisia pode ser tolerada nos meios políticos e sociais, mas não na casa de
Deus.
Paulo aconselha ao jovem Timóteo:
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque fazendo
isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16). Esse
padrão serve para todos os crentes, em todas as épocas. Mantenha-se em linha
com a verdade, para que aqueles que te ouvem e convivem contigo não desabonem
seu discurso, e por fim desacreditem na fé. Richard Baxter, teólogo inglês do
século 16, coloca isto desta forma: “Dê atenção a você mesmo, para que seu
exemplo não contradiga sua doutrina (...) para que você não desminta com a vida
o que diz com a língua; e seja o maior impedimento ao sucesso do seu próprio
trabalho.” O testemunho cristão é fundamental.
Quando João diz que “aquele que diz
que está Nele também deve andar como Ele andou” (1 Jo 2.6), ele remete-nos a um
grande desafio: sermos imitadores de Cristo e testemunhas de Seu evangelho.
Testemunho não é apenas falar
daquilo que Jesus fez, é também viver uma vida de acordo com a Palavra de Deus,
de forma que a nossa maior pregação seja nossa própria vida. Testemunho é a
“prova, o vestígio, o indício” das verdades professadas pelo cristão. É a
diferença entre aquele que serve e o que não serve a Deus (Ml 3.18). No novo
testamento esse testemunho está expresso como luz resplandecente (Mt 5.16),
santidade (1 Pe 1.15,16), zelo pelo bem (1 Pe 3.13), maneira de viver (Hb
13.7), exemplo de boas obras (1 Ts 1.7), entre outros termos. Jesus ilustra com
dois elementos: sal e luz (Mt 5.13-15).
Em Cristo,
Ev. Samuel Eudóxio
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