quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

O infiel só dura um momento

 Palavra de Deus não omite que entre os fiéis sempre haverão infiéis. No meio dos legítimos, sempre haverão os falsos. Veja:

1 - Joio no meio do trigo. Mt 13.24-30

2 - Peixes bons e ruins. Mt 13.47,48

3 - "Maus dentre os justos". Mt 13.49

4 - Lobos com peles de ovelhas. Mt 7.15

Outra coisa que a Palavra não omite é que o dia da separação chegará. Alguns se manifestam e são separados na era presente, outros no porvir. 

Uma coisa é certa: "os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá." (Salmos 1.5,6).

Por mais que pareça que o infiel prosperará, não se engane, pois ele só dura um momento.

domingo, 28 de novembro de 2021

É Assembleia ou não é Assembleia?

As Assembleias de Deus clássicas, além da liturgia, tem alguns parâmetros que lhe são característicos: compromisso com a Palavra de Deus, Escola Dominical, Culto de Doutrina (entenda!), compromisso com a oração, uso da Harpa Cristã, Círculo de Oração, Conjunto de Mocidade, os "bons costumes", critérios bíblicos e institucionais para separação e consagração de obreiros, e segue relação.

Eu fico me perguntando o porquê de alguns movimentos, com todas as letras mesmo, utilizam o nome da Assembleia de Deus sendo que nada tem a ver com a denominação. É porque o nome é forte? Tem respeito? Tem história?

Igrejas do "retété", "cai-cai", "unção do riso", cultos de revelações somente, "profetadas", igrejas com pastores divorciados mais de uma vez, "pastorado dado no monte", e por aí vai. Um pessoal que nunca passou por uma Assembleia, e quando vai "abrir o seu ministério", sim, abrir mesmo, coloca o nome da Assembleia. 

Na minha humilde opinião, tinha que ter o mínimo de bom senso, e pelo menos seguir a linha Assembleiana, para que todos não sejam colocados no mesmo bojo.

Infelizmente, pelo que sei, o nome não foi patenteado ou registrado, e por isso não tem como barrar essa avalanche de Assembleia que surge com um segundo nome na frente, sem ter nada a ver com a igreja histórica.

Acredito que pelo menos as convenções deveriam consultar as igrejas mais antigas de cada cidade ou região antes de credenciarem algumas dessas "pseudos assembleias" nas convenções estaduais, e por conseguinte na CGADB. Infelizmente, uma linha que esse pessoal segue é credenciar em uma convenção fora de seu Estado. Pelo menos é o que vemos acontecer aqui em MG, onde muitas buscam credenciamento no Estado de São Paulo, por exemplo.

Falo como alguém que nasceu e foi criado nessa histórica igreja, e tem amor por ela, e que me entristeço ao ver o nome da nossa denominação em movimentos que em nada condiz com a nossa Confissão de Fé, com o que pregamos ou ensinamos.

Assembleiano raiz não aceita imitação. Exige uma Assembleia de Deus 100% original. 

Com todo respeito, se não tem raiz Assembleiana, e não está disposto a seguir as origens da denominação, coloque outro nome. Coopera aí, vai. 

Em Cristo, e com amor.

Pr Samuel Eudóxio.

sábado, 30 de outubro de 2021

A Cruz

 A morte por crucificação era a forma mais cruel de execução utilizada pelos romanos nos tempos de Jesus. Era o tipo de morte que expressava vergonha e desonra, aplicada aos mais vis criminosos da época.

Jesus, o Filho de Deus, foi condenado a morte de Cruz. 

O processo de crucificação, em si, demonstra o mais vil estado de pecado da humanidade, capaz de submeter o ser humano aos mais vis castigos e sofrimentos. 

A alma humana, presa a todos os tipos de pecados, torna-se inimiga de Deus, separada da comunhão com o seu Criador.

A Cruz foi a forma de reconciliação. Jesus morreu nela pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.

Ele transformou o sinônimo de fracasso e derrota em vitória, pois nela Jesus Cristo garantiu a nossa vida eterna e esperança de estarmos para sempre com o Senhor.

Ao homem comum, pecador, despercebido, sábios desse mundo, isso parece loucura. Pareceu também para os homens daquela época. É mais fácil crer em algo mais plausível, moderno, recheado por uma bela filosofia, do que crer no simples e poderosos poder do Evangelho da Cruz.

Não tem complexidade na mensagem do Evangelho. Ela é simples: "pregamos a Cristo crucificado" (1 Co 1.23).

A nossa sabedoria humana se perde na simplicidade e suficiência do plano da Salvação em Cristo Jesus. Paulo diz sobre isso que "a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens". ( 1 Co 1. 25).

Enquanto os homens preferem ficar presos em sua soberba e orgulho, na busca infinita de solução para os mais profundos problemas da alma, a palavra da Cruz continua fazendo para milhares de pessoas que a aceitam aquilo que nada no mundo pode fazer. Como escreveu o Pr Elienai Cabral, ela "preenche as necessidades da alma humana [...] é o poder de Deus para salvar o ser humano". 

Nesse tempo de desespero e aflições que vivemos, é à sombra da Cruz que devemos tomar o nosso lugar. Ali encontramos descanso e alívio para a nossa alma, e dali foi derramado o sangue que dá vida, e vida para sempre. 

Em Cristo,

Pr Samuel Eudóxio

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Secularização do sagrado e relativismo: Assembléia que não é assembleia.

A reação de muitos líderes com a secularização do sagrado e o relativismo que invadem as igrejas está sendo a "espiritualização do secular" e uma adequação dos cultos ao gosto do homem moderno. O resultado é uma religião longe de Deus e perto do mundo. 

Aqueles que falam na prática da oração, leitura da Bíblia, vida de devoção, santidade, entre outros princípios que norteiam o verdadeiro cristianismo, são chamados de retrógrados, tradicionais, e até de sem visão. 

Nesse contexto, preciso advertir aos nobres amigos da denominação na qual nasci, cresci e hoje atuo como Pastor Auxiliar, a Assembleia de Deus. 

No passado, não muito distante, exportavamos obreiros, ensino, doutrina (no significado da palavra, não apenas costume), liturgia, etc. Hoje, importamos. Vejo, com tristeza, muitas "Assembleias" neopentecostalizadas, distribuindo amoleto, derramando óleo na cabeça de obreiros e fiéis, trocando a adoração pelo entretenimento e os homens de Deus por "meninos". Ambientes tomados por doutrinas estranhas, liberalidade, sincretismo religioso, pragmatismo, e tantos outros "ismos" distantes da Palavra. Ambientes que pecado não é pecado, afinal "o conceito de pecado é relativo", dizem eles. 

Interessante observar que essas práticas "neopentecostais" estão em grande parte nas Assembleias das pequenas cidades, bairros, "assembleias que não são assembleias", ligadas às nossas convenções por um processo à distância, sem que haja a mínima investigação da origem dessas igrejas e de seus fundadores. Diga-se de passagem, os líderes das Assembleias presentes nesses locais há décadas sequer são consultados sobre quem é o novo interessado em ser um "convencional assembleiano".  

Nas grandes catedrais o processo de secularização se dá por outro meio, pela introdução da filosofia, sociologia, e da teologia regada pelo progressismo acadêmico, que sugere, por exemplo, o ecumenismo como a solução para a implantação da tão sonhada paz mundial, e a necessidade de uma leitura e interpretação contextualizada da Bíblia, sugerindo que ela seja ultrapassada e relativizando suas verdades absolutas.

Que Deus tenha misericórdia da igreja e levante um remanescente fiel nesse tempo de crise em que estamos atravessando. 

Em Cristo,

Pr Samuel Eudóxio

Pastor Auxiliar na Assembleia de Deus Ministério de São João del-Rei, MG

quinta-feira, 25 de março de 2021

Comportamento cristão na Pandemia

 Se o povo de Deus orasse, contribuísse, e se unisse para ajudar o próximo, da mesma forma que faz postagens desnecessárias e fúteis nas redes sociais, muitas famílias estariam mais aliviadas nessa Pandemia, espiritualmente, emocionalmente, e tendo suas necessidades básicas de sobrevivência supridas. 

Como diz João Alexandre, a nossa vaidade nos fez pensar que fôssemos a igreja da história. Tenho que concordar. Mas essa vaidade, era de fato apenas vaidade, que agora está sendo envergonhada, e nosso caráter e personalidade revelada.

A Pandemia está sendo capaz de revelar que tipo de igreja somos, na crise, na prova, e no fogo, apesar dessa prova ser apenas uma "amostra grátis", dosada, do que outras gerações de cristãos já passaram. Resta-nos saber, que história será contada de nós, ou seja, qual foi o papel que cumprimos enquanto igreja nesse tempo de crise. Quem sabe, nos restará um espaço na escrita, como a igreja que foi capaz de influenciar a política, mas não uma geração pela mensagem de amor da Cruz, do Evangelho de Cristo. Essa mensagem, sim, é capaz de transformar e trazer esperança em tempos de crise. 

Que o Senhor nos ajude.