Provérbios
5
O
texto adverte acerca do perigo de envolver-se com a mulher adultera,
deixando claro as consequências das relações extraconjugais (v.
3-8; 15-17). O conselho do autor é que o homem deve afastar o seu
caminho destas mulheres e nem sequer aproximar “da porta da sua
casa” (v. 8). O resultado daquele que se entrega a um
relacionamento extraconjugal é terrível: “o fim é amargoso como
o absinto, agudo como espada de dois gumes” (v.4); “os seus pés
descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno” (v.5); perca
da honra (v. 9); trabalho em vão, pois todas as riquezas serão
divididas, inclusive heranças (v. 10); o final será de sofrimento e
gemidos (v. 11) e por final de um arrependimento que nada poderá
concertar do que já foi feito (v. 12).
O
autor encerra o texto valorizando o casamento segundo o propósito
divino, ou seja, honrando a mulher “de sua mocidade” (v. 18),
vivendo com ela momentos agradáveis e de prazer, tanto quando o
assunto é sexual, quanto no relacionamento cotidiano (v. 18, 19)
Provérbios
6
Encontramos
quatro conselhos neste texto.
O
primeiro é não ser fiador de um amigo (v. 1-5), visto que uma vez
que este amigo não cumprir com o seu compromisso, você trará para
si a responsabilidade da dívida assumida e isto tornará para você
sofrimento e desgosto.
O
segundo conselho importante encontrado no capítulo 6 é um alerta
para aquele que se entrega à preguiça (v. 6-11). O preguiçoso
cruza os seus braços como que se de nada precisasse, mas a sua
“pobreza lhe sobrevirá como um ladrão, e a sua necessidade como
um homem armado” (v.11). O autor usa o exemplo da formiga para
ensinar ao preguiçoso, visto que é um animal frágil e pequeno,
porém mesmo sem superiores, oficiais ou dominadores, “prepara no
verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento” (v.8).
O
terceiro é acerca do homem violento que tem prazer em maquinar o mal
(v. 12-19), que usa a sua boca para criar contendas entre irmãos, e
cujos “pés apressam a correr para o mal” (v.18)
O
quarto conselho é para que o homem tenha cuidado com a mulher
prostituta (v. 21-35), que além de destruir a família do homem vai
trazer para ele sérios problemas, como a fúria do marido traído,
que dificilmente “perdoará no dia da vingança” (v. 34).
Provérbios
7
O
capítulo 7, assim como textos do capítulo 5 e 6, trazem conselhos
contra a prostituição e o adultério. O autor demonstra o poder de
persuasão da mulher adúltera, cujo marido está de viagem, para
longe (v. 19). Ela, prepara a sua casa, e perfuma a sua cama para
receber o amante, que é atraído por suas ofertas de amor (v.
16-18). Esta mulher é caracterizada como aquela que anda pelas ruas,
vagando, procurando aventuras amorosas (v. 11, 12). Esse tipo de
mulher é responsável pelo fim de muitos casamentos, desgostos de
mulheres traídas e filhos abandonados e mal assistidos, uma vez que
a atenção do homem volta-se a esta mulher e por ela se entrega de
amor. Ele é seduzido pelas suas palavras (v.21) e segue-a como um
“boi ao matadouro; e, como o louco ao castigo das prisões”
(v.22). Quando ele menos assustar, flechas já atravessaram o seu
fígado (v. 23), pois a destruição da prostituição e do adultério
é repentina, mas os seus resultados são duradouros, e são muitas
as vítimas que são atraídos por este pecado, cujo fim são
corações feridos, morte espiritual e até física (v. 25-27).
Em Cristo,
Samuel Eudóxio