sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O trigo e o joio

     O texto bíblico é  Mateus 13.24 - 30, 36 - 43. Muito conhecido por sinal, mas sempre  vivo e atual.
Ao ler o capítulo 13 de Mateus, no versículo 2 vemos "muita gente" aos pés de Jesus ansiosos por ouvir Suas Palavras. Muitos dos que ouviram, com certeza, sairam sem entender o que Jesus ensinava. O mesmo não se pode dizer dos discípulos, que tiveram a parábola do semeador explicada por Cristo por iniciativa do Mestre e quando não entenderam a parábola do joio e do trigo "chegaram ao pé Dele" (v. 36) dizendo: "Explica-nos a parábola do joio do campo." Bem aventurado aquele que tem comunhão com o Senhor, que não fica só na superfície, mas busca conhecer mais de Deus. Há uma diferença muito grande entre "muita gente" que fica aos pés de Cristo e os verdadeiros discípulos que se chegam aos Seus pés e reclinam a cabeça em Seus ombros.
     Vejamos a parábola em questão. O semeador da boa semente é Cristo. O campo é o mundo ou a igreja de Cristo espalhada na Terra (M. Henry). A boa semente são os filhos do reino. O joio são os filhos do maligno. O inimigo é o semeador do joio. A ceifa é o fim do mundo. Os ceifeiros são os anjos. (v. 36 - 39). O texto bíblico explica-se por si só.
     Quero me ater entre os versículos 24 e 30. A bíblia diz que a boa semente foi semeada. Ela tem germinado entre os séculos, vencendo as perseguições e o inferno. Sempre há a boa semente, sempre resta um remanescente fiel. Mas eles dormem. Não porque querem, mas porque quanto mais estão perto do fim, mais estão cansados de lutar, e a noite vem, e com ela o sono. No meio desse sono dos ministros de Cristo é que o inimigo se apresentou e semeou o joio no meio do trigo (v.25). Perceba como o inimigo semeou o joio e logo se retirou. Ele age sempre assim, sem ser visto, disfarçado de "anjo de luz" (2 Co 11.13,14).
     Agora temos trigo e joio plantados no mesmo solo, no mesmo lugar. O joio é uma erva daninha que cresce nos campos de cereais, fica tão alto quanto o trigo e tem grande semelhança com ele. Os judeus acreditavam que era um tipo de trigo degenerado, os rabinos o chamavam de "bastardos". As sementes do joio são venenosas para o animal herbívoro e para o homem, causando náuseas, sonolências, convulsões e até a morte. É justamente isso que cresce no meio do trigo. Algo perigoso, intragável e mortal. O costume era deixar que o joio crescesse com o trigo porque no momento certo ele seria distinguido, arrancado e queimado.
     Há hipócritas e falsos crentes que se manifestam facilmente, outros por sua vez só o tempo manifestará. Como já disse, estão entre os torrões, escondidos em uma falsa religiosidade e professando uma fé falsa, raquítica. Parece trigo, mas é joio. O trigo fiel está preocupado: "Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem, então, joio?" A resposta de Cristo tira a responsabilidade do servo fiel, que na verdade dormiu, mas não foi o semeador do joio. "Um inimigo é quem fez isso." Tenho visto muitos pastores fiéis sofrendo com o joio que tem causado mau a obra do Senhor. Adoecem, se estressam, se culpam. Mas o Senhor disse: "Um inimigo é quem fez isso." O zelo pela obra do Senhor impulsiona o trigo legitimo a arrancar logo o joio, porém Jesus o impede, visto não ser um papel do homem. Deixe crescer juntos, trigo e joio, e chegará o tempo de dar frutos. O trigo dará seu fruto e se multiplicará. O joio, quando chega o tempo do fruto nada tem para oferecer, é só aparência. "O trigo sabe quem é, o joio pensa que é. O joio cuida de sua reputação e aparência exterior." O trigo produz frutos (Gl 5. 22-26).
     Chega o tempo de colher os frutos. É chegado o tempo da ceifa. A ordem de Cristo é: "colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar." O joio será atado junto. Todo tipo de pecadores, ateístas, perseguidores, zombadores, matadores de servos fiéis, disseminadores de contenda no meio do campo, falsos crentes, e um grande número de hipócritas. Serão atados e lançados na fornalha de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes. Esse é o fim do joio.
    O trigo terá um fim glorioso. "Ajuntai-o no meu celeiro" - disse o Senhor. Mesmo dispersos no campo, serão ajuntados, não atados, e trazidos para o celeiro do Senhor, onde "resplandecerão como o sol" (v.43). Os grãos de trigo serão, então, colocados a salvo, e não serão mais expostos ao vento e ao tempo, ao pecado e a dor, não serão separados, e embora estejam distantes no campo, estarão próximos no celeiro. O céu é um celeiro de grãos, no qual o trigo será não só separado do joio das más companhias, mas separado da palha de sua próprias corrupções.


Samuel Eudóxio.

 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"Apaixonados por livros"

     A leitura de bons livros cristãos é importante para o crescimento espiritual dos Filhos de Deus. Além de ocupar a mente, um bom livro traz conhecimento de Deus e de Sua Palavra. No mundo moderno, que anda a passos largos nos caminhos da era digital, a leitura de um bom livro ainda continua sendo a opção de muita gente interessada em informação e conhecimento bíblico.
     Os livros ainda ocupam lugar de destaque nos prateleiras de muitos leitores, tradicionais ou não, que cultivam o prazer da leitura cristã. O bom estudioso da Bíblia sempre tem livros selecionados para lhe auxiliar nos estudos da Palavra de Deus. Um livro inspirado, além do conhecimento que oferece ao leitor, pode norteá-lo para preparar sermões, ensinar, escrever e difundir a Palavra. A escolha de uma boa leitura cristã pode livrar o homem de Deus de um mal que atinge aqueles menos compromissados com a Palavra, usar a internet com intuito de baixar sermões já preparados.
     Mesmo na era da palavra digital o livro ainda tem seu lugar. Para o estudioso cristão que não quer tudo "mastigado" da net, o livro ainda é uma boa ferramenta de pesquisa. Neste caso é de suma importância ter o hábito de adquirir bons livros, dos mais variados assuntos, títulos e autores, além de bons dicionários bíblicos e enciclopédias de ensinamento cristão.
     Observa-se uma grande diferença entre os cristãos leitores e aqueles que não têm o bom costume da leitura. Isso pode ser abservado até na maneira de viver de cada um.  Espera-se que haja um maior incentivo à leitura em nossas igrejas, com criação de bibliotecas e literatura à altura de todos.


Samuel Eudóxio

Promoção blogosfera apaixonada

Promoção Blogosfera Apaixonada
A Livraria Casa da Bíblia Online iniciou no dia 8 de novembro de 2010 uma grande promoção aberta a toda blogosfera que é apaixonada por livros e sabe da importância deles em nossa vida cristã.
A promoção vai até o dia 30 de novembro de 2010 e vai premiar os três melhores posts sobre o tema: “A importância da leitura para a vida cristã”. O primeiro colocado vai ganhar um vale-compra em Bíblias e livros no valor de R$ 300,00, o segundo no valor de R$ 150,00 e o terceiro no valor de R$ 100,00.
Além de premiar os melhores posts sobre o tema, a Livraria Casa da Bíblia Online estará realizando sorteios de livros durante todo o período da promoção aos inscritos, promoções no twitter, descontos de até 80% em produtos e sorteios de brindes aos consumidores.
Todas as informações da campanha estão no site www.maiscb.com.br. Acesse e faça já sua inscrição se você é um apaixonado por livro.

Promoção blogosfera apaixonada

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Davi. Um final vitorioso para o homem segundo o coração de Deus.

 1 Cr 29.28

Mesmo cometendo alguns erros e enfrentando divisões e conspirações dentro da própria família, Davi chega ao fim como um homem vitorioso e nos poucos versículos que fazem alusão a sua morte, a Bíblia não relata complicações com relação a sua saúde física ou mental.

1 -  Chegou a velhice com lucidez.
"E morreu numa boa velhice..."
Em 1 Rs 1. 1- 4 nos narra que na sua velhice, Davi era coberto com vestes, "porém não aquecia", sendo necessário que seus servos buscassem uma jovem para que durmisse com Davi com a finalidade de aquecê-lo. O fato de Davi, já com a idade avançada, sentir muito frio é facilmente explicado. A pele mais fina, problemas na circulação sangüínea e uma menor concentração de gordura subcutânea tornam os idosos mais suscetíveis à diminuição de temperatura. Mas a Bíblia não narra Davi como um homem doente e frágil, mas sim como alguém que precisa se prevenir, e pela avançada idade, necessita de mais atenção. O fato é que ele terminou seus dias "numa boa velhice".

2 - Teve uma vida longa.
"...cheio de dias..."
Espiiritualmente, longitude de vida está ligado a honrar pai e mãe (Ex 20.12; Ef 6.2), e isto Davi fazia muito bem. Ele estava a serviço no campo, cuidando das ovelhas do pai quando Samuel chegou a casa de Jessé para ungir o novo rei de Israel (1 Sm 16). (Por que os mais velhos estavam todos em casa, enquanto o mais novo, o menor, trabalhava no campo cuidando dos negócios do pai? 1 Sm 16.11). Davi era um jovem obediente (1 Sm 17.15-18). Outro fator importante é que Davi teve uma vida de temor a Deus e as Suas leis.
Nos dias em que vivemos não podemos nos esquecer que a alimentação e o estresse tem sido grandes vilões, diminuindo os dias de vida de muitas pessoas. Com certeza uma alimentação saudável aumentará a qualidade e os dias de vida.

3 - Administrou seus bens para o futuro.
"...cheio...riquezas..."

Davi mesmo declarou: "...o ouro e a prata particular que tenho demais eu dou para a casa de meu Deus..." 1 Cr 29.3. Glória a Deus por aqueles que sabem administrar seus bens e não vivem segundo as regras consumistas da sociedade atual.

4 - Teve um final glorioso.
"...cheio...glória..."

Tendo uma vida de erros e acertos, por fim o homem de Deus teve um final cheio de glória.

5 - Deixou um legado para o filho.
"...e Salomão, seu filho, reinou em seu lugar."
Muitos ao morrerem, só deixam para os filhos problemas a serem resolvidos e dívidas a serem pagas. È muito importante prepararmos o futuro de nossos filhos, investindo numa boa educação espiritual e secular, além é claro, de construirmos algo material para a família, sem nos esquecermos de ensiná-los a pescar e não só abastecê-los de peixe.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Congresso de adolescentes da AD Missões São João Del Rei

Está chegando o congresso de adolescentes de nossa igreja em São João Del Rei. Será um final de semana de muita benção e estudo da Palavra de Deus com a presença do Pr. Ciro Sanches Zibordi, escritor de vários livros pela CPAD, entre eles "Erros que os pregadores devem evitar", escritor do melhor blog de apologética da net, que leva seu nome (Blog do Ciro), colunista do site CPAD News e do The Christian Post em língua portuguesa (http://portuguese.christianpost.com), entre outras tarefas em defesa do Evangelho. O evento será nos dias 14 e 15 deste mês. Venha e seja abençoadp por Deus!!!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amo a Bíblia porque...

1- ...Ela é a Palavra de Deus.
2- ... Ela é a bussola que nos direciona á vida eterna.
3- ... Ela é a verdade.
4- ... quanto mais a leio, mais reconheço que sou pecador e necessitado de Deus.
5- ... Ela é alimento para minha alma.
6- ... Ela me revela Cristo.
7- ... Ela não omite os pecados de vários de seus personagens e aponta a solução para eles.
8- ...Ela é oxigênio para minha alma.
9- ...sua leitura renova minhas esperanças.
10- ... há poder em Suas palavras.
11- ...suas profecias estão se cumprindo cabalmente, provando sua veracidade.
12- ...Ela é regra de fé.
13- ...Ela é  manual de santidade para aqueles que querem agradar a Deus.
14- ...Ela me torna sábio.
15- ... Ela é eterna.
16- ... Ela é santa.
17- ... Ela santifica.
18- ... Ela transforma a vida do homem.
19- ... Ela é viva.
20- ... Ela é eficaz.
21- ... Ela é o livro mais lido em todo mundo.
22- ... Ela é o livro dos livros.
23- ... Ela está para sempre nos céus. (Ela mesma diz isto)
24- ... Ela é a espada do Espírito.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

União da Mocidade da AD de Nova Granada BH

Queridos leitores, apresento a voçês o site da Mocidade da Assembleia de Deus da Região de Nova Granada, Belo Horizonte. Acontecerá um grande congresso do dia 25 de julho a 01 de agosto com as presenças do Pr. Gilmar Santos (Goiania-Go), a cantora Lauriete (Vila Velha - ES), caravana do Espirito Santo, além de cantores e conjuntos locais. Visite o site para maiores informações. Sua presença alegrará grandemente nossa mocidade. Caso não seja possível estar conosco, assista as transmissões dos cultos ao vivo pela internet na Tv online de nosso site. Que Deus em Cristo continue abençoanso a mocidade de Novas Granada e os coordenadores deste grande evento.

Site da União da Mocidade  da Assembleia de Deus da Região de Nova Granada:
www.umaderng.com.br

terça-feira, 13 de julho de 2010

Escola Bíblica de Obreiros na Assembléia de Deus Belo Horizonte

Queridos irmãos e leitores, deu-se início neste domingo, 11 de julho, mais uma Escola de Obreiros da ADBH. Como nos últimos anos, nosso ministério escolheu grandes homens de Deus, compromissados com o ensino de Sua Palavra, para ministrar mais uma vez ao coração de nossos obreiros. Entre os preletores, teremos os Pastores Anselmo Silvestre, Gesiel Gomes, Antonio Gilberto,Carvalho Junior, Messias, Pr. José Zito, Pr Josué Gonçalves, entre outros.
A Escola de Obreiros acontecerá durante toda esta semana, com ensino o dia todo. Para aqueles que não poderão estar pessoalmente, todas as aulas e cultos, estão sendo transmitidas na integra pela rede. Acesse o endereço de nosso Templo Tentral postado abaixo, click em TV Online e seja abençoado com o ensinamento da Palavra de Deus.

 www.templocentral.com.br

sábado, 19 de junho de 2010

Lídia cantando "Espírito Santo" de Fernanda Brum

Paz do Senhor irmãos. Gostaria de divulgar aqui no blog este vídeo de minha irmã carnal e em Cristo, Lídia. Sua voz tem sido usada desde a infância para adorar a Deus. Lídia, que o Senhor continue lhe abençoando!


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Os homens são lembrados por suas obras

1- Ninrode. Gn 10.8-12; 11.1-9 (Pesquise porque Ninrode era chamada de "poderoso caçador")
2 - Acã, o pertubador de Israel. 1 Cr 2.7
3 - Jeorão, o rei que morreu sem deixar saudades. 2 Cr 21.20
3 - Jabez, lembrado por sua oração. 1 Cr 4.9,10
4 - Azarias, lembrado pelo sacerdócio. 1 Cr 6.10
5 - A casa de Elcana, lembrados pelo seu ministério de louvor. 1 Cr 6.31,32
6 - A viúva pobre, lembrada por sua oferta sincera. Mc 12. 41-44
7 - Maria, irmã de Lázaro, lembrada pelo seu ato de devoção e serviço ao Senhor. Mt 26.6-13; Mc 14. 3- 9; Jo 12. 1-8
8 - Jesus, lembrado pelo triunfo no Calvário. 1 Co 11. 23-26 (além de outras passagens)

Caro leitor, e voçê, como quer ser lembrado?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

"O alto padrão moral exigido para os valentes de Deus"

Tito 1. 5-9

"Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas que ain¬da restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei: aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não so¬berbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes"(1.5-9).

"v. 6. Anenklêtos - nossas Bíblias traduzem esta palavra como "irrepreensível". O clássico Dicionário do Novo Testamento Gre¬go de Vine, assim define esta palavra:

Significa que não pode ser chamada a pedir contas, isto é, sem acusa¬ção alguma (como resultado de uma investigação pública), irrepreensível (1 Co 1.8; Co 1.22; Tt 3.10, 1.6,7). Implica não somente mera absolvição, mas a inexistência de qualquer tipo de acusação con¬tra uma pessoa.

v. 7. Oikonomos - "mordomo, administrador da casa. A pala-vra enfatiza a tarefa a alguém e a responsabilidade envolvida. É uma metáfora extraída da vida contemporânea e retrata o admi-nistrador de uma casa ou estado."" Esta palavra deu origem a nossa palavra portuguesa "economia" e significa primeiramente o governo de uma família ou dos assuntos de uma família (oikos - uma casa, nomos - lei), isto é, o governo ou administração da propriedade dos outros, e por isso se usa de uma mordomia, Lc 16.2 [...] nas epístolas de Paulo, se aplica:

a) A responsabilidade que lhe foi confiada de pregar o evan-gelho (1 Co 9.17).
b) Da administração que lhe foi entregue para que anuncias¬se "cabalmente a palavra de Deus".
c) Em Efésios 1.10 se usa da disposição ou administração de Deus.

v. 7. Authade - não arrogante. "Obstinado em sua própria opinião, teimoso, arrogante, alguém que se recusa a obedecer a outras pessoas. E o homem que mantém obstinadamente a sua própria opinião, ou assevera seus próprios direitos e não leva em consideração os direitos, sentimentos e interesses de outras pes-soas." Autocomplacente (autos, auto, e hêdomai, complacente), denota uma pessoa que, dominado pelo seu próprio interesse, e sem consideração alguma pelos demais, afirma arrogantemente sua própria vontade, "soberbo" (Tt 1.7); "contumaz" (2 Pe 2.10) o oposto de epiekês, amável, gentil (1 Tm 3.3), "um que supervaloriza de tal maneira qualquer determinação a que ele mesmo chegou no passado que não permitirá ser afastado dela".

v. 7. Orgilos -que não seja: irascível, inclinado à ira, de temperamento quente.

v. 7. Pároinos - não dado ao vinho. Um adjetivo, literalmente, que tem seu entretenimento no vinho (para, en, oinos, vinho), dado ao vinho [...], é provável que tenha o sentido secundário, dos efei¬tos da embriaguez, isto é, um ébrio.

v. 7. Pléktês - não violento. Briguento, espancador. A palavra pode ser literal: "não pronto a bater em seu oponente".

v. 7. Aischrokerdés - não cobiçoso. Alguém que lucra deso-nestamente, adaptando o ensinamento aos ouvintes a fim de ganhar dinheiro deles [...], refere-se ao engajamento em negócios escusos. Este vocábulo é formado por duas palavras gregas: aischros (vergonhoso) e kerdos (ganância).

v. 8. Philóksenos - amor aos estranhos, hospitaleiro.

v. 8. Philágathos - amigo do bem, amante do que é bom. De-nota devoção a tudo o que é excelente.

v. 8. Sóphrona - sóbrio. Denota mente sã (sozo - salvar, phren - a mente); daí, com domínio próprio, sóbrio, se traduz "sóbrio" em Tito 1.8 (a Reina - Valera traduz como "temperado"); em Ti to 3.2, significa "prudente".

v. 8. Díkaion - justo, aquele que age com justiça.

v. 8. Hósios - devoto, santo. Significa religiosamente reto, santo, em oposição ao que é torto ou contaminado. Está comumente associada a retidão. Refere-se a Deus em Apocalipse 15.4; 16.5 [...] Em Tm 2.8 e Tt 1.8 se utiliza do caráter do cristão, na Septuaginta hósios é freqüentemente tradução da palavra hebraica hasid, que varia entre os significados de "santo" e "mi-sericordioso".

v. 8. Enkratê - que tenha domínio de si. A Bíblia de Jerusalém traduz como "disciplinado". Significa também "autocontrole, com-pleto autodomínio, que controla todos os impulsos apaixonados e mantém a vontade leal à vontade de Deus". Denota ainda o "exer-cício do domínio próprio, alguém que é dono de si mesmo".

v. 9. Antechómenon - apegado a, firme aplicação. Na voz média significa "manter-se firmemente ao lado de uma pessoa". Paulo usa o termo associando ao líder que é apegado à Palavra de Deus.

Para nós cristãos, a fronteira entre a verdade e o erro está bem demarcada. Há sim um padrão divino que estabelece a diferença entre o certo e o errado. Os valentes de Deus devem ter isso bem definido em suas mentes. Agindo de acordo com o modelo divino exposto na Palavra de Deus, o valente não irá ter problemas com o relativismo moral."

Extraído do livro: "Por que caem os valentes?"; José Gonçalves; CPAD; 4ª edição; 2006.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Responda a esta pergunta....

Jesus ensinando no Templo perguntou aos fariseus e aos judeus:
"Quem dentre vós me convence de pecado?" João 8.46a.
Os fariseus não tinham a resposta para esta pergunta. Aleluia!
Entre muitas passagens bíblicas que descrevem Jesus como um homem que não conheceu o pecado, citarei Hebreus 4. 14-16: "Visto que temos um grande Sumo Sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, COMO NÓS, EM TUDO FOI TENTADO, MAS SEM PECADO. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno."
A Jesus, Aquele que foi feito "como nós", que conheceu nossas fraquezas, mas que triunfou sobre o pecado, a Ele toda glória, honra e louvor! Aleluia!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A chamada de Ezequiel

Ezequiel 1. 1-3.
Introdução:
- Data: “... no trigésimo ano...”- o significado desta data é incerto. As opiniões de estudiosos se dividem entre a idade do profeta e o ano do cativeiro, porém nada pode ser afirmado com exatidão.
- Pano de fundo histórico: Ezequiel fora levado para babilônia na primeira deportação de Nabucodonosor, juntamente com Daniel, e o que Judá tinha de melhor, os sábios, artífices, artesãos, etc.
- sua esposa morreu no dia em que começou o cerco de Jerusalém (24.15-18);
- início de seu ministério: “no quinto dia do mês (no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim)” (1.2), indo até o primeiro mês do vigésimo sétimo ano (29.17), portanto 22 anos;
- profetizou entre 622 e 600 a. C.
- seu ministério, 22 anos, parece pequeno, mas não para aquela época.

1 – Local da profecia. V.1
“... junto ao rio Quebar...”: localizado na terra dos caldeus, perto da comunidade de Tel-Abibe,, onde os judeus estavam exilados. “Quebar” significa “grande canal”; sua localização exata é incerta, mas tem sido identificado com o rio Khabour, na Síria.
2 – A situação em que o profeta se encontrava. V.1
A – “ ...estando eu no meio dos cativos...”
- viúvo. Ez 24.15-18
- estava em um ambiente de revolta intima
- um povo destroçado
- os reis presos ou mortos
- as cidades destruídas
- os sacerdotes espalhados pelo território babilônico
- um povo longe de sua terra, seu povo, seu templo, seu culto
B – Foi nesta situação que para Ezequiel “se abriram os céus” e ele viu “visões de Deus”.
C – Deus pode nos usar nos momentos de adversidade.
3 – Fatos ocorridos na chamada de Ezequiel.
A – Humildade e reconhecimento do poder de Deus. V.28
- “...e vendo isso, caí sobre o meu rosto...”
- Isaías 6.5: “...ai de mim que vou perecendo...”
- Saulo. Atos 9.4: “E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”
- João. Ap 1.17: “E eu, quando o vi, caí a Seus pés como morto; e Ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu Sou O Primeiro e o Ùltimo”
B – Ouvidos abertos para ouvir Deus falar. V. 28
- “...e ouvi a voz de quem falava”.
- a Bíblia é repleta de passagens com a expressão: “disse o Senhor”.
- Deus ainda continua falando.
C – Foi colocado de pé.
- quando o homem prostado reconhece a Glória e o poder de Deus, Ele o chama a estar de pé.
- o chefe da sinagoga
- a mulher pega em adultério
D – Foi cheio do Espírito Santo. 2.2
Ezequiel disse: “Então, entrou em mim o Espírito, quando falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava”.
- Para exercer um ministério, tem que ser cheio do Espírito Santo.
- Jesus disse aos discípulos: “Ficai, pois, em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder.”
- Atos 1.8: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”
- Pedro cheio do Espírito Santo. Atos 4.8: “Então, Pedro, cheio do Espírito Santo...”
- Os diáconos cheios. Atos 6.5
- Estevão cheio. Atos 7.55, viu o céu aberto e a glória de Deus.
- Saulo cheio. Atos 9. 17: “E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.”
- Os gentios. Atos 10.44. Quando Pedro pregava. “E, dizendo ainda Pedro estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.”
- Efésios 5.18: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,”
4 – Depois disto o Senhor lhe disse: “... eu te envio...” 2.3.

Conclusão: Deus pode nos levantar em meio a situações adversas e nos usar para seus propósitos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O tesouro de Davi - Salmo 16.

Titulo: Mictam de Davi. Isto entende-se geralmente e significa o Salmo de ouro. Ainsworth chama-lhe Jóia de Davi ou cântico notável, o Salmo do segredo precioso.

Não nos vemos limitados a intérpretes humanos para achar a chave deste mistério de ouro, porque falando pelo Espírito Santo, Pedro diz-nos: Davi fala com respeito a Ele (At 2:25). O apóstolo Paulo, guiado pela mesma inspiração infalível, cita este Salmo e testifica que Davi escreveu do Homem através do qual nos é pregado o perdão dos pecados (At 13:35-38).
O plano dos comentadores tem sido, geralmente, aplicar o Salmo a Davi, aos santos e ao Senhor Jesus, mas atrevemo-nos a crer que nele Cristo é tudo, posto que nos nono e décimo versículos podemos ver a Jesus sozinho, como os apóstolos viram no monte. C. H. S.

Vers. 1. Guarda-me, preserva-me, como um corpo de guardas que rodeiam o seu monarca, ou como os pastores protegem os seus rebanhos. Um dos grandes nomes de Deus é o de Preservador dos homens (Jó 7:20), e este ofício de graça do Pai exerce-se para com o nosso Mediador e Representante. Tinha sido prometido ao Senhor Jesus nas palavras expressas que seria preservado (Isaías 49:7, 8). C. H. S.

Vers. 2. A minha alma disse ao SENHOR: Tu és o meu Senhor. No mais íntimo do Seu coração, o próprio Senhor Jesus inclinou-Se para render o serviço ao Seu Pai celestial, e ante o trono de Jeová a Sua alma ofereceu lealdade ao Senhor a nosso favor. C. H. S.

Além de ti não tenho outro bem. A antiga tradução usada aqui: A minha bondade não chega à tua presença. Ainda que a obra da vida e a agonia da morte do Filho tenham reflectido resplendor sobre cada um dos atributos de Deus, contudo, o Deus infinitamente bem-aventurado não tinha necessidade da obediência e morte de Seu Filho; foi por nossa causa que a obra de redenção foi empreendida, e não por falta ou necessidade no Altíssimo. Com que modéstia estima aqui a Sua própria bondade!

Creio que as palavras deveriam entender-se em relação ao que o Messias fazia pelos homens. A minha bondade, tobhathi (Heb.), o meu bem, não acrescenta nada à Sua Divindade; Tu não provês este sacrifício assombroso para dele originar excelência; mas esta bondade estende-se aos santos -a todos os espíritos dos justos feitos perfeitos, cujos corpos estão ainda na Terra-; e aos excelentes, addirey (Heb.), os nobres ou super eminentes, os que pela fé e paciência herdam as promessas. Adam Clarke

Oh!, o que posso entregar-Te a Ti, meu Deus, por todos os Teus benefícios, para comigo? Como Te pagarei? Ai!, não posso fazer bem algum porque a minha bondade imperfeita não Te pode comprazer, pois és perfeito e bom essencialmente; o bem que faça não posso acrescentá-lo ao Teu bem; a minha maldade não pode prejudicar-Te. Eu recebo todo o bem de Ti, mas não posso devolver-Te nenhum; por isso reconheço-Te como muito rico, e eu como muito pobre; Tu estás muito longe de ter necessidade de mim. A Godly Exposition of the Sixteenth Psalm: in Richard Greenham's "Works:" pp. 316-331. Folio: 1612.

Vers. 2, 3. A minha bondade estende-se não a Ti, mas aos santos que estão na Terra. Alguns filhos não herdam nada dos seus pais terrestres, como o filho do Cícero, que não se parecia em nada a seu pai, exceto no nome; mas os filhos de Deus participam todos da natureza do seu Pai celestial. William Gurnall

Vers. 3. Para os santos que estão na Terra, e para os íntegros, é toda a minha complacência. Estes santificados, ainda que estejam ainda sobre a Terra, participam dos resultados da obra mediadora, e por Sua bondade são feitos o que são. O povo peculiar, zeloso para as boas obras, e santificado para o serviço sagrado, está revestido da justiça do Salvador e foi lavado no Seu sangue, e por isso recebe da bondade entesourada dEle; estas são as pessoas que beneficiam da obra do Homem Jesus Cristo; mas esta obra não acrescenta nada à natureza, atributos ou felicidade de Deus, que é bem-aventurado para todo o sempre.

Os crentes pobres são receptores de Deus e têm a garantia da coroa para receber o produto da nossa oferenda no nome do Rei. Os santos que partiram, nós não os podemos abençoar; inclusive a oração em favor deles não tem valor algum; mas, enquanto estão aqui, temos de provar de modo prático o nosso amor por eles, como fez o nosso Mestre, porque eles são os bons e os ótimos da Terra. C. H. S.

Sabemos que o Novo Testamento brilha mais que o Antigo, tal como o Sol brilha mais que a Lua. Se, pois, vivemos numa dispensação mais gloriosa, devemos observar uma conduta mais gloriosa... mais excelente. Se o Sol não desse mais luz do que uma das estrelas, não poderíamos crer que fosse o regente do dia; se não transmitisse mais luz que um vaga-lume, porias em dúvida que fosse a fonte do calor elementar. Se Deus não fizesse mais do que a criatura, onde se acharia a sua Divindade? Se o homem não fizesse mais que o bruto, onde se acharia a sua condição humana? Se um santo não fosse superior ao pecador, onde se acharia a sua santidade? William Secker

Ingo, um antigo rei dos dravos, numa festa oficial relegou os seus nobres, que naquele tempo eram pagãos, a que se sentassem numa sala inferior, e mandou que certos pobres cristãos fossem trazidos ao salão nobre, para que se sentassem à sua mesa, comessem e bebessem e se alegrassem com ele, por isso muitos se assombraram, e ele disse que considerava os cristãos, ainda que pobres, como o maior ornamento da sua mesa, e uma companhia mais digna do que a dos maiores nobres não convertidos à fé cristã; porque estes é possível que fossem lançados ao Inferno, enquanto que os pobres cristãos seriam o seu consolo e companheiros príncipes no Céu. Ainda que vejamos as estrelas algumas vezes refletidas num atoleiro, no fundo de um poço ou numa charca hedionda, contudo, as estrelas estão situadas no Céu. Igualmente, ainda que vejamos a um homem piedoso em condição pobre, miserável, baixa, desprezada, considerando as coisas deste mundo, entretanto está fixo no Céu, na região do Céu. O qual nos tem levantado - diz o apóstolo - e nos tem feito sentar em lugares celestiais em Cristo Jesus. Charles Bradbury's "Cabinet of Jewels," 1785.

Vers. 4. As dores se multiplicarão àqueles que fazem oferendas a outro deus. Os crentes de mera profissão com frequência são lentos em servir ao verdadeiro Senhor, mas os pecadores servem diligentes a outros deuses. Correm como loucos enquanto que nós nos arrastamos como caracóis. Que o seu zelo seja uma reproche para a nossa tardança. Contudo, quanto mais correm, pior, porque as suas aflições serão multiplicadas pela sua diligência em multiplicar os seus pecados. Matthew Henry disse: Aquele que multiplica os deuses multiplica as suas próprias aflições; porque o que crê que um Deus é muito pouco, achará que dois são muitos, e, contudo, centos deles não lhe bastarão.

As crueldades e dificuldades que os homens sofrem por causa dos falsos deuses são assombrosas; os nossos missionários informam-nos com abundância sobre este ponto; mas quiçá a nossa própria experiência é igualmente vivida no que nos diz respeito; porque quando temos dado o nosso coração aos ídolos, mais tarde ou mais cedo havemos de ter de sofrer por isso.

Moisés esmiuçou o bezerro de ouro, e moeu-o em pó e o lançou na água da qual bebia Israel, e da mesma maneira os nossos ídolos queridos passarão a ser porções amargas para nós, a menos que os abandonemos.

Não há comunhão possível entre o pecado e o Salvador. Ele veio para destruir as obras do diabo, não para aliar-se com elas ou para as favorecer. Daí que recusasse o testemunho dos espíritos impuros quanto à Sua divindade, porque não queria ter contacto algum com as trevas. Deveríamos ter extremo cuidado em não nos relacionar no menor grau com a falsidade na religião.

Eu não oferecerei as suas libações de sangue. O velho provérbio diz: «Não é seguro comer na mesa do diabo, por larga que seja a colher.»

O mero mencionar as palavras sórdidas é algo que temos de evitar: nem nos meus lábios tomarei os seus nomes. Se permitirmos que o veneno fique em contacto com os lábios, é possível que antes de pouco penetre no interior, e é bom manter fora da boca o que não queremos que entre no coração. Se a Igreja quer gozar da sua união com Cristo, deve romper todos os laços de impiedade e manter-se pura de todas as contaminações do culto da vontade carnal, que agora polui o serviço de Deus. C. H. S.

Um pecado que se esconde sob a língua torna-se brando e móvel, e a garganta é tão curta e o seu passo tão escorregadio que insensivelmente pode deslizar-se da boca ao estômago; e a desenvoltura na consideração rapidamente se transforma em impureza prática. Thomas Fuller

Vers. 5. Jeová é a porção de minha herança e de minha taça. Com que confiança e gozo se volta Jesus para Jeová, o qual possui a Sua alma e em Quem se deleita! Contente sem medida com a Sua porção no Senhor Seu Deus, não tem o menor desejo de ir em busca de outros deuses.

Vers. 6. As cordas caíram-me em lugares deleitosos, e é formosa a herança que me há tocado. Jesus achou que o caminho da obediência guia a lugares deleitosos. Apesar de todas as aflições que marcam o Seu rosto, exclama: «Eis aqui vim; no rolo do livro está escrito de mim, e me deleito em fazer a tua vontade, meu Deus; sim, a tua lei está no meu coração.» Pode parecer estranho, mas ainda que nenhum outro homem chegasse a conhecer a aflição tão a fundo, cremos que nenhum outro homem experimentou jamais tanto gozo e deleite no serviço, porque nenhum serve tão fielmente e com tais resultados à vista da Sua recompensa.

Todos os santos podem usar a linguagem deste versículo, e quanto mais completamente possam entrar no seu espírito de contentamento, agradecimento e gozo, melhor para eles e mais glória para o seu Deus. Os espíritos descontentes não são como Jesus, mas muito dissimilares a Ele, como o rouco corvo da pomba arrulhadora. Os mártires eram felizes nos seus calabouços.

Mr. Greenham ousou dizer: Nunca hão sentido o amor de Deus ou provado o perdão dos seus pecados os que estão descontentes. Alguns teólogos crêem que o descontentamento foi o primeiro dos pecados, a rocha que deitou a perder a nossa raça no paraíso; certamente, não há paraíso ali onde este espírito mau tem poder. A sua baba envenenará todas as flores do jardim. C. H. S.

As ervas amargas podem tragar-se bem quando o homem dispõe destas viandas deliciosas que o mundo não conhece. O sentimento do amor do nosso Pai é como o mel no final da vara; faz voltar a pedra em pão, a água em vinho e o vale de tribulação numa porta de esperança; faz com que os maiores males pareçam que não o são ou que são melhores do que são em realidade; porque faz com que os nossos desertos se voltem jardins do Senhor, e quando estamos sobre a cruz, por Cristo, é como se estivéssemos no paraíso com Cristo.Timothy Cruso

Vers. 7. A minha consciência me ensina na noite. Os grandes generais pelejam as suas batalhas na sua mente muito antes de que soe a corneta, e o mesmo fez de joelhos o nosso Senhor para ganhar a nossa batalha antes de ganhá-la na cruz. Aquele que aprende de Deus procura a semente, logo achará sabedoria dentro de si, que cresce no horto da sua alma: Os teus ouvidos ouvirão uma voz detrás de ti que dirá: Este é o caminho, anda por ele, e dir-te-ei quando tens de voltar para a direita ou para a esquerda. A noite é a hora em que o pecador escolhe para os seus pecados; e é a hora quieta quando os crentes escutam as vozes sossegadas do Céu e da vida celestial dentro de si.

Vers. 8-11. O temor da morte durante um tempo projectou a sua sombra escura sobre a alma do Redentor, mas apareceu-Lhe um anjo confortando-O; então a esperança brilhou plenamente sobre a alma do Senhor e, como nos dizem estes versículos, contemplou o futuro com a santa confiança porque tinha estado com os olhos fixos em Jeová e gozado a Sua presença perpétua. Sentiu que, sustentado assim, nunca podia ser afastado do grande plano da Sua vida; nem O foi, porque a Sua mão não se deteve nunca até que pôde dizer: «Consumado está.» Que misericórdia tão infinita foi a Sua para conosco!

O reconhecer a presença do Senhor é o dever de todo crente: Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim. E o confiar no Senhor como o nosso campeão e guarda é o privilégio de todo o santo: Por isso que ele está à minha dextra, nunca vacilarei. C. H. S.

Vers. 8. Um cristão fiel, quer abunde na riqueza, quer o torture a pobreza, quer a sua posição no mundo seja elevada, quer seja humilde, deve ter continuamente a sua fé e esperança edificadas e apoiadas com firmeza, em Cristo, e ter o seu coração e a sua mente fixos e estabelecidos nEle, e seguir quer pelas boas quer pelas más situações, quer pelo fogo ou quer pela água, em guerra e paz, em fome e em frio, entre amigos e inimigos, através de mil perigos e riscos, ante as investidas da inveja, da malícia, do ódio, das calúnias, das ameaças, dos insultos, do desprezo do mundo, da carne e do diabo, e até na própria morte, por cruel, amarga e tirânica que seja, sem perder nunca de vista a Cristo, sem ceder a fé, a esperança e a confiança nEle. Robert Cawdray

A nuvem carregada logo deixa cair chuva; o morteiro carregado logo se dispara quando se lhe aplica o fogo. Uma alma que medita está em potência próxima à oração. William Gurnall

Enoch andou tanto com Deus que andava como Deus; não andava como os homens, algo que o apóstolo reprova (1Co 3:3). Andava tão pouco como o mundo, que permaneceu pouco no mundo. Joseph Caryl

Vers. 9. Portanto, alegrou-se o meu coração e se alegrou a minha alma. O Seu gozo interior era incontido. Nós damos testemunho do nosso prazer nas coisas comuns, inclusive pela gratificação dos nossos sentidos; quando o nosso ouvido distingue uma melodia suave, quando o nosso olho contempla objectos formosos, quando o nosso olfacto se recreia em aromas agradáveis, quando o nosso sentido do gosto se deleita em provisões deliciosas; e em muito mais se deleitará a nossa alma quando as suas faculdades, que são de uma constituição mais delicada, encontrem coisas que são em todos os aspectos agradáveis e prazenteiras para ela; e em Deus encontrá-las-emos; com a Sua luz o nosso entendimento será renovado, e a nossa vontade também o será com a Sua bondade e o Seu amor. Timothy Rogers

Vers. 10. Não deixarás minha alma no Seol. Cristo, na Sua alma, desceu ao Inferno quando, como nossa garantia, Se submeteu a sofrer as penas infernais (ou o seu equivalente) que nós merecíamos sofrer, por causa dos nossos pecados, para sempre. Assim Cristo desceu ao Inferno quando estava vivo, não quando estava morto. Assim a Sua alma esteve no Inferno quando no jardim suou gotas de sangue, e na Cruz quando exclamou tão aflito: «Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?» (Mateus 26:38). Nicholas Byfield's "Exposition of the Creed," 1676.

Nem permitirás que o teu santo veja corrupção. Na prisão externa da graça o Seu corpo pôde entrar, mas na prisão interna da corrupção Ele não podia entrar. Isto é um nobre alento para todos os santos; todos eles têm de morrer, mas levantar-se-ão, e ainda que no seu caso eles verão a corrupção, contudo, ressuscitarão para a vida eterna. A ressurreição de Cristo é a causa, as arras, a garantia e o emblema da ressurreição de todos os Seus. C. H. S

Vers. 11. Far-me-ás ver a vereda da vida. Neste versículo podem-se observar quatro coisas: 1) Um Guia - Tu; 2) um viajante - eu; 3) um caminho – a senda; 4) o fim - a vida descrita depois. Porque o que se segue não é outra coisa que a descrição desta vida.

O Guia achamo-Lo mencionado no primeiro versículo: Jeová (SENHOR). Aqui podemos começar, como devemos começar em todos os exercícios santos, com adoração. O viajante. Tendo achado o Guia, não buscaremos outro, já que o temos achado a Ele, não carecemos de outro guia; porque se assim fosse, aqui haveria um homem fora da sua senda. Assim como há um só Guia, assim também se fala na pessoa de um só viajante. É para mostrar a Sua confiança.

Mas vejamos agora o que Ele nos mostrará: «a senda». Temos de saber que assim como os homens têm muitos caminhos fora da verdadeira senda no mundo, mas todos eles terminam na destruição, assim Deus tem muitas sendas no caminho geral da Sua Palavra, e todos eles terminam na salvação. "Devotions Augustinianae Flamma; or, Certayne Devout, Godly, and Learned Meditations. Written by the excellently accomplisht gentleman, WILLIAM AUSTIN, of Lincolnes Inne, Esquire. 1637," contains "Notes on the Sixteenth Psalme; more particularly on the last verse." Small folio.

Na tua presença há plenitude de gozo; delícias à tua destra para sempre. A nota de Trapp sobre o versículo celestial com que termina o Salmo é um bocado deleitoso, que pode servir para uma meditação e prover-nos de uma antecipação da nossa herança. Escreve: «Aqui diz-se quanto se pode dizer, mas as palavras são demasiado débeis para expressá-lo. Como qualidade há os prazeres e gozo do Céu; como quantidade há plenitude, uma corrente na qual se pode beber sem cessar ou até à saciedade; como perseverança está à destra de Deus, o qual é o mais forte que todos, e ninguém nos pode arrebatar da Sua mão; é uma felicidade constante, sem interrupção; e como perpetuidade, é para sempre. Os gozos do Céu são sem medida, mescla ou término.» C. H. S.

Todos os que estamos aqui presentes agora somos meros estranhos no meio do perigo, estamo-nos perdendo a nós mesmos e perdendo as nossas vidas na terra dos mortos. Mas antes de pouco tempo acharemos as nossas vidas, e nós mesmos outra vez no Céu com o Senhor da vida, e seremos achados nEle na terra dos vivos. Se quando morrermos, morremos no Senhor da vida, as nossas almas com toda a segurança serão unidas ao feixe da vida, de modo que, quando vivermos outra vez, possamos estar seguros de as achar na vida do Senhor.

Uma onça, uma libra, uma tonelada de preocupação; agora temos apenas uma gota de gozo para um oceano de penas, um momento de sossego para um século de dor; mas então teremos uma consolação interminável sem dor, a verdadeira felicidade sem preocupação, a maior medida de felicidade sem a menor miséria, a medida mais plena de gozo que possa haver, sem mescla alguma de aflição. Aqui, pois (como nos adverte São Gregório, o teólogo), temos de soltar as nossas pesadas cargas de sofrimentos, e adoçar as nossas taças amargas de penas na meditação contínua e na expectativa constante da plenitude do gozo da presença de Deus, e no prazer à Sua dextra para sempre.

Na tua presença há - não haverá, nem tampouco pode ser que haja, mas sim há -; há plenitude de gozo sem fim nem interrupção, sempre está e tem estado e tem de estar constantemente. Porque, o que é o que o homem aqui no presente deseja mais do que o gozo? E que medida de gozo pode desejar homem algum mais do que a plenitude do gozo? “A consumação da felicidade”, por Edward Willan. "In thy presence is fulness of joy."—The Consummation of Felicity," by Edward Willan, 1654.

No Céu estais livres de necessidades; não vos falta nada, a menos que seja o próprio a faltar-se a si próprio. Podeis achar a falta de mal, mas nunca sentis o mal da carência. O mal não é senão a carência de bem, e a carência de mal não é senão a ausência de carência. Aqui alguns comem sem fome, enquanto que outros têm fome sem comida, e alguns bebem em excesso sem ter sede, enquanto que outros, sedentos, não têm nada que beber. Mas na presença gloriosa de Deus ninguém será mimado em excesso nem alguém definhará desejando algo. Edward Willan

Nesta vida o nosso gozo está misturado com aflição como os espinhos com a rosa. Jacob teve gozo quando os seus filhos retornaram do Egipto com os sacos cheios de trigo, mas muita aflição quando se deu conta da prata na boca dos sacos. David teve muito gozo ao subir a arca de Deus, mas ao mesmo tempo muita pena quando Uzá cometeu a sua infracção. Esta é a grande sabedoria do Senhor, temperar e moderar o nosso gozo.

Como o homem de constituição débil tem de beber o vinho diluído com água por temor de sofrer do estômago, assim também nesta vida (devido à nossa debilidade) temos o nosso gozo misturado com aflição, para que não nos voltemos altivos e insolentes. Aqui o nosso gozo está misturado com temor (Salmo 2). «Goza-te tremendo». As mulheres partiram do sepulcro do nosso Senhor «com temor e grande gozo» (Mateus 28:8).

Como o nosso gozo aqui está misturado com temores, também ocorre o mesmo com as nossas aflições. Os crentes sãos olham a Cristo crucificado e regozijam-se no Seu incomparável amor, de que uma pessoa assim tenha morrido de uma morte semelhante pelos que eram inimigos de Deus por causa das suas inclinações pecaminosas e das suas más obras; olham-se a si mesmos nos seus próprios pecados que feriram e crucificaram ao Senhor da glória, e isto parte-lhes o coração. William Colvill, “Correntes refrescantes” William Colvill's "Refreshing Streams," 1655.

Nota que há prazeres como qualidade; como quantidade, plenitude; como dignidade, há a dextra de Deus; como eternidade, para sempre. E milhões de anos multiplicados por milhões, não fazem nem um minuto desta eternidade de gozo que os santos terão no Céu. No Céu não haverá pecado que possa estragar o nosso gozo, nem o diabo para no-lo tirar; nem homem algum para no-lo usurpar. «O vosso gozo ninguém vo-lo pode tirar.» (Jo 16:22). Os gozos do Céu nunca declinam, nunca murcham, nunca morrem, nem nada pode interrompê-los nem diminui-los. O gozo dos santos no Céu é um gozo constante, eterno, na raiz e na causa, e na matéria dele mesmo, e nos seus objectos. «O vosso gozo permanece para sempre se o vosso objecto permanece para sempre». Assim é Cristo (Hebreus 13:8).Thomas Brooks

Tradução: Carlos António da Rocha
El Tesoro de David, C.H.Spurgeon, edição em pdf de 747 páginas, encontrada sem restrições na 'rede'.

FONTE: No Caminho de Jesus

Copiado de www.projetospurgeon.com.br

quarta-feira, 3 de março de 2010

Tapa na "cara" do cidadão de bem !

Auxílio-reclusão


O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto.

Para a concessão do benefício, é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:

- o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço;
- a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qualidade de segurado;
- o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:

PERÍODO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO TOMADO EM SEU VALOR MENSAL
De 1º/6/2003 a 31/4/2004 R$ 560,81 - Portaria nº 727, de 30/5/2003
De 1º/5/2004 a 30/4/2005 R$ 586,19 - Portaria nº 479, de 7/5/2004
De 1º/5/2005 a 31/3/2006 R$ 623,44 - Portaria nº 822, de 11/5/2005
De 1º/4/2006 a 31/3/2007 R$ 654,61 - Portaria nº 119, de 18/4/2006
De 1º/4/2007 a 29/2/2008 R$ 676,27 - Portaria nº 142, de 11/4/2007
De 1º/3/2008 a 31/1/2009 R$ 710,08 – Portaria nº 77, de 11/3/2008
De 1º/2/2009 a 31/12/2009 R$ 752,12 – Portaria nº 48, de 12/2/2009
A partir de 1º/1/2010 R$ 798,30 – Portaria nº 350, de 30/12/2009


Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.

Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente, sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado de recolhimento do segurado à prisão .

O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos:
- com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte;
- em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou cumprimento da pena em regime aberto;
- se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxílio-doença (os dependentes e o segurado poderão optar pelo benefício mais vantajoso, mediante declaração escrita de ambas as partes);
- ao dependente que perder a qualidade (ex.: filho ou irmão que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; cessação da invalidez, no caso de dependente inválido, etc);
- com o fim da invalidez ou morte do dependente.

Caso o segurado recluso exerça atividade remunerada como contribuinte individual ou facultativo, tal fato não impedirá o recebimento de auxílio-reclusão por seus dependentes.

* Como requerer o auxílio-reclusão

O benefício pode ser solicitado por meio de agendamento prévio, pelo portal da Previdência Social na Internet, pelo telefone 135 ou nas Agências da Previdência Social, mediante o cumprimento das exigências legais.

Importante: Se foi exercida atividade em mais de uma categoria, consulte a relação de documentos de cada categoria exercida, prepare a documentação, verifique as exigências cumulativas e solicite seu benefício.
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Dependentes
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Esposo (a) / Companheiro (a)
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Filhos (as)
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Filho equiparado (menor tutelado e enteado)
+

Pais
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Irmãos (ãs)
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Segurado (a) contribuinte individual e facultativo (a)
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Segurado (a) empregado (a)/ desempregado (a)
o

Segurado (a) empregado (a) doméstico (a)
o

Segurado (a) especial/trabalhador (a) rural
o

Segurado (a) trabalhador (a) avulso (a)

* Valor do benefício

O valor do auxílio-reclusão corresponderá ao equivalente a 100% do salário-de-benefício.

Na situação acima, o salário-de-benefício corresponderá à média dos 80% maiores salários-de-contribuição do período contributivo, a contar de julho de 1994.

Para o segurado especial (trabalhador rural), o valor do auxílio-reclusão será de um salário-mínimo, se o mesmo não contribuiu facultativamente.
* Perda da qualidade de segurado
* Dúvidas frequentes sobre:
o Categorias de segurados
o Dependentes
o Carência
o Perguntas e respostas
o Saiba mais...
* Legislação específica
o Lei nº 8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores;
o Decreto nº 3.048, de 06/05/1999 e alterações posteriores;
o Instrução Normativa INSS/PRES nº 20 de 10/10/2007 e alterações posteriores.

E pensar que tem milhares de brasileiros honestos que trabalham de sol a sol para ganhar salário mínimo !!!

Fonte: Site oficial da Previdência Social.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O sistema de viver do mundo

Rm.12.2

1- O que é o mundo?

Temos pelo menos quatro palavras gregas no N.T, as quais em várias traduções tem sido traduzida por “mundo”, quais sejam:

A- Cosmos- significa “ordem, disposição regular, ornamento, e decoração” (1 Pe. 3.3), “o revestir de vestes (cosmos-adorno); o universo material (2 Pe 3.6); neste caso a própria terra física; e a “presente ordem das coisas”, Jo 18.36.

B- “Aion”- siginifica um período de tempo considerável, uma “era”, ou um estado de coisas que marque uma época distinta. (Mt 13.39). A eternidade é “aiones” dos “aiones”, e siginifica “os séculos dos séculos”.

C- “Ge”- siginifica a terra física em que habitamos, o solo, a superfície da terra, ou “terra” em contraste com o “mar”, vocábulo que deriva geografia. Ap 13.3

D- “Oikoumene” – siginifica a terra habitada, o “mundo das pessoas”. (Mt 24.14; Hb 1.6); de onde deriva a palavra “ecumênica” .

ENTÃO:

Quando falamos em “mundo”, podemos discorrer sobre pelo menos três:

1- “Mundo cósmico”, que é o mundo do universo, astros, estrelas, planetas, etc.
2- “Mundo material”, que é a terra física, o solo, material, etc.
3- “Mundo humano”, das pessoas, não dos animais. É este mundo que Jesus “amou de tal maneira” em Jo 3.16.

1.1 – Os atrativos do mundo.

Erra quem diz que o mundo não tem “nada a oferecer”. Existe uma grande batalha dentro de cada crente, o Espírito contra a carne (Gl 5. 16- 26), o espírito buscando as coisas de Deus e a carne as coisas do mundo. "É como se fosse a batalha de dois leões, e vencerá aquele que mais alimentarmos". Por isso devemos ter uma vida de oração, leitura da Bíblia, jejum, vigilância, etc, para vencermos o mundo.

- O “Eu” e o seu egoísmo - Em Rm 7. 7-25 encontramos o Ap. Paulo travando uma verdadeira luta contra a sua própria carne. O “eu” sempre aparece tentando fazer a vontade da carne, sempre fazendo aquilo que Paulo não quer (Rm 7.15). No texto a palavra aparece diretamente umas 11 vezes, fora as vezes que aparece de forma indireta, mostrando sempre que o “eu”, mesmo que queira não consegue vencer o pecado sozinho (Rm 7.9), mas quando contamos com Cristo somos mais que vencedores.

1.2. O mundo sob a ótica de Deus.

Quando a Bíblia diz para não amarmos o mundo (1 Jo 2.15) , significa não participarmos das mesmas obras de pecado do mundo; aprovar as suas más obras. Porém as pessoas são alvos do amor de Deus ( Jo 3.16).
Com relação ao julgamento do mundo com as suas más obras, Deus agirá com justiça, e esta é tão séria que deixou o próprio Filho morrer na cruz pelos pecados da humanidade.

2- Como o cristão deve viver neste mundo.

Quando olhamos para o VT, vemos o sumo sacerdote entrando no Santo dos Santos com o sangue da propiciação e aspergindo sobre o propiciatório. Nós sabemos que se o sacrifício não fosse aceito, o sumo sacerdote era fulminado ali mesmo e arrastado por cordas para fora do Santo dos Santos. Se o sacrifício fosse aceito a Glória de Deus era vista pelo propiciatório e enchia o “lugar santíssimo”. Jesus apresentou-se como nossa propiciação e foi aceito por Deus, e agora “como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...” (Hb 2.1-4).

2.1- Os elementos do mundo. (v.16)

A- Concupiscência da carne- desejos impuros, vícios e prazeres sexuais. (1 Co 6.18). Somos “templos do Espírito Santo”. Como pode o crente então se entregar as práticas mundanas. Como pode o mesmo crente que participa de um culto a Deus, fazer parte de um Show mundano. Tem muitos por aí gritando o nome de artistas, idolatrando-os e até desmaiando em shows! E as exposições agropecuárias? Pode um servo de Deus que participa do Corpo e do Sangue do Senhor, fazer parte com os infiéis? Vamos ter muito cuidado com o “relativismo”!
Fala-se que em 2010 os evangélicos serão a maioria no Brasil. Perguntaram aos principais pastores e cientistas políticos que mudanças estes evangélicos farão no país. Sabe qual foi a resposta? Mudança nenhuma, porque os evangélicos têm sido muito pouco influenciáveis! Uma coisa é certa, quem não influencia, é influencido!

B- Concupiscência dos olhos. Um grande perigo! Hoje mais do que nunca a internet tem feito muitos campeões de Deus caíram ao chão!
Tenhamos cuidado com o sexo oposto.
Ex: Eva (Gn 3.6); Acã (Js 7.20-26); Davi (2 Sm 11.2).

C- A soberba da vida. Existem pelo menos três coisas que derrubam o homem: sexo, dinheiro e vaidade. Muitos têm começado bem, mas terminado muito mal. Abandonam a simplicidade do evangelho e querem viver um evangelho de status e poder sobre as pessoas.
Hoje temos muitas figueiras sem frutos. (MT 21.17-20)
No meio cristão muitos pregadores e cantores têm cometido este erro. Abandonam o foco principal e se deixam levar pelo dinheiro e busca pela fama. Por isso temos visto muita adesão ao evangelho e nada de conversão!

Vamos buscar primeiro o reino de Deus e a sua Justiça. (Mt 6.33).