A morte por crucificação era a forma mais cruel de execução utilizada pelos romanos nos tempos de Jesus. Era o tipo de morte que expressava vergonha e desonra, aplicada aos mais vis criminosos da época.
Jesus, o Filho de Deus, foi condenado a morte de Cruz.
O processo de crucificação, em si, demonstra o mais vil estado de pecado da humanidade, capaz de submeter o ser humano aos mais vis castigos e sofrimentos.
A alma humana, presa a todos os tipos de pecados, torna-se inimiga de Deus, separada da comunhão com o seu Criador.
A Cruz foi a forma de reconciliação. Jesus morreu nela pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.
Ele transformou o sinônimo de fracasso e derrota em vitória, pois nela Jesus Cristo garantiu a nossa vida eterna e esperança de estarmos para sempre com o Senhor.
Ao homem comum, pecador, despercebido, sábios desse mundo, isso parece loucura. Pareceu também para os homens daquela época. É mais fácil crer em algo mais plausível, moderno, recheado por uma bela filosofia, do que crer no simples e poderosos poder do Evangelho da Cruz.
Não tem complexidade na mensagem do Evangelho. Ela é simples: "pregamos a Cristo crucificado" (1 Co 1.23).
A nossa sabedoria humana se perde na simplicidade e suficiência do plano da Salvação em Cristo Jesus. Paulo diz sobre isso que "a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens". ( 1 Co 1. 25).
Enquanto os homens preferem ficar presos em sua soberba e orgulho, na busca infinita de solução para os mais profundos problemas da alma, a palavra da Cruz continua fazendo para milhares de pessoas que a aceitam aquilo que nada no mundo pode fazer. Como escreveu o Pr Elienai Cabral, ela "preenche as necessidades da alma humana [...] é o poder de Deus para salvar o ser humano".
Nesse tempo de desespero e aflições que vivemos, é à sombra da Cruz que devemos tomar o nosso lugar. Ali encontramos descanso e alívio para a nossa alma, e dali foi derramado o sangue que dá vida, e vida para sempre.
Em Cristo,
Pr Samuel Eudóxio